Hoje pela manhã meu pai se foi. Ele lutou bravamente, foi um verdadeiro guerreiro. Foi ótimo ter podido estar com ele, mesmo que só um pouquinho. Ele foi em paz.
Um ano difícil, mas a tropinha continua linda e cheia de saúde.
Fizeram 5 anos! Como crescem!
Blog da Tropinha!
sábado, 26 de outubro de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Fim
Como em todo livro cheguei ao capítulo final. Isso não quer dizer que a história acabou, apenas está numa outra etapa. Estamos todos bem, nos saindo melhor do que imaginávamos. As crianças crescendo, a faculdade na segunda metade, trabalhando muito, um montão de coisas que ocupam bem o dia. A saudade é eterna. Alguns dias são mais difíceis e em outros a certeza de que foi melhor assim... O Pablo sempre estará presente, isso é fato, mas ele não precisava mais sofrer. Era demais pra um serzinho tão especial. A rotina sem ele á diferente, mas não é melhor nem pior, só diferente. Até porque o trio se incumbe de preencher todo o tempo "livre". Isso é formidável! Hoje percebo porque de virem logo 4, assim tudo passa meio que desapercebido.
Só não poderia encerrar o blog sem colocar algumas palavras sobre o que é ser uma mãe especial. Hoje eu sinto que perdi esse "status", não me sinto mais aquela mãe poderosa, mas me sinto bem com tudo o que vivi.
Você mãe que acaba de receber um filho especial não se assuste. Existem fases em que todas nós passamos e uma delas é a da rejeição. A fase de não aceitar, de negar e até mesmo sentir vergonha. Isso mesmo, vergonha. A gente se preocupa com o que os outros vão pensar, em como vamos suportar tal "peso", se estamos sendo "castigadas"... Bobagem. Essa fase passa, basta que que a gente aceite. Não rejeite, ame. Não pense em castigo, peso, pense em aprendizado. Não se preocupe com o que vai ter que ouvir e sim com o que vai poder dizer pra mudar o mundo! Posso adiantar que não será nada fácil. Será inevitável não pensar em como seria se seu filho fosse "normal", se ele não tivesse isso ou aquilo... e isso dói muito, muito mesmo. A forma que encontrei de amenizar foi pensar em como seria se ele, do jeitinho que é, com todas as suas deficiências e limitações não tivesse nascido de mim e sim de uma outra família, que não o amasse o bastante, não fizesse qualquer coisa por ele. O filho especial pode nos tornar tão especiais quanto eles, basta que a gente queira. Eu poderia ter passado 4 anos reclamando, negando e lamentando e fiz outra escolha. Escolhi amá-lo. Aceite! Aceite! Aceite! Esse é o segredo. Faça tudo o que estiver ao seu alcance por ele, pra que a vida dele seja melhor, mais saudável, mais feliz, mas não queira mudá-lo. Esqueça os milagres, o seu milagre será ele. Será mais um dia de vida, mas um sorriso, mais um abraço. A vida é muito mais do que imaginamos. Ela não é só feita de pessoas que andam e falam. Ela é feita de pessoas que ensinam, que superam, que lutam.
Meu filho Pablo foi muito mais do que eu merecia. Ele era mais especial do que a palavra especial significa. Ele estará sempre vivo nos nossos corações e se nem sempre fui uma mãe perfeita pra ele foi porque eu não era tão especial quanto ele.
Vocês todos que acompanharam o blog foram sempre muito especias também. A jornada foi mais fácil com o apoio que tive aqui. Talvez o trio continue um blog, mas não mais esse aqui. O ciclo se fechou.
Deixo aqui um abraço a todos.
Só não poderia encerrar o blog sem colocar algumas palavras sobre o que é ser uma mãe especial. Hoje eu sinto que perdi esse "status", não me sinto mais aquela mãe poderosa, mas me sinto bem com tudo o que vivi.
Você mãe que acaba de receber um filho especial não se assuste. Existem fases em que todas nós passamos e uma delas é a da rejeição. A fase de não aceitar, de negar e até mesmo sentir vergonha. Isso mesmo, vergonha. A gente se preocupa com o que os outros vão pensar, em como vamos suportar tal "peso", se estamos sendo "castigadas"... Bobagem. Essa fase passa, basta que que a gente aceite. Não rejeite, ame. Não pense em castigo, peso, pense em aprendizado. Não se preocupe com o que vai ter que ouvir e sim com o que vai poder dizer pra mudar o mundo! Posso adiantar que não será nada fácil. Será inevitável não pensar em como seria se seu filho fosse "normal", se ele não tivesse isso ou aquilo... e isso dói muito, muito mesmo. A forma que encontrei de amenizar foi pensar em como seria se ele, do jeitinho que é, com todas as suas deficiências e limitações não tivesse nascido de mim e sim de uma outra família, que não o amasse o bastante, não fizesse qualquer coisa por ele. O filho especial pode nos tornar tão especiais quanto eles, basta que a gente queira. Eu poderia ter passado 4 anos reclamando, negando e lamentando e fiz outra escolha. Escolhi amá-lo. Aceite! Aceite! Aceite! Esse é o segredo. Faça tudo o que estiver ao seu alcance por ele, pra que a vida dele seja melhor, mais saudável, mais feliz, mas não queira mudá-lo. Esqueça os milagres, o seu milagre será ele. Será mais um dia de vida, mas um sorriso, mais um abraço. A vida é muito mais do que imaginamos. Ela não é só feita de pessoas que andam e falam. Ela é feita de pessoas que ensinam, que superam, que lutam.
Meu filho Pablo foi muito mais do que eu merecia. Ele era mais especial do que a palavra especial significa. Ele estará sempre vivo nos nossos corações e se nem sempre fui uma mãe perfeita pra ele foi porque eu não era tão especial quanto ele.
Vocês todos que acompanharam o blog foram sempre muito especias também. A jornada foi mais fácil com o apoio que tive aqui. Talvez o trio continue um blog, mas não mais esse aqui. O ciclo se fechou.
Deixo aqui um abraço a todos.
domingo, 9 de junho de 2013
Reencontro
Acabei não "resistindo" e fui até Brasília reencontrar meu pai. Foi ótimo! Fiquei por lá quase uma semana e foi muito bom sentir que seu arrependimento é sincero, que ainda sou amada por ele e também que ainda o amo demais. Foi muito emocionante. Além de mim foram minhas irmãs (ele teve 5 filhas ao todo) e foi um encontro delicioso. Revi meus tios, primos... As crianças ficaram aqui com o Lu (afinal, foram 1000 km de viagem). Espero que ele tenha uma nova oportunidade e que possamos aproveitar mais esse momento tão bom. Mesmo com a dor de vê-lo tão debilitado e tão comprometido fisicamente nunca o vi tão bem, tão leve, tão amoroso. A dor também tem sua face terna, basta sabermos observá-la. No dia 1° fizeram 3 meses que meu anjinho se foi e eu estava lá com meu pai. Me senti mais forte e o senti muito presente lá, comigo. Saudades.
domingo, 19 de maio de 2013
Pai
Hoje pela manhã eu estava sonolenta, meio acordada meio dormindo e escutei os gritinhos do meu Pablinho. Os gritinhos estavam tão alto e tão reais... depois de alguns segundos eu ouvi o barulhinho do seu chocalhinho preferido (que guardei na caixinha de lembranças). Na mesma hora meus olhos se encheram de lágrimas e eu senti que meu pequeno estava aqui comigo. Ele sabe que eu estava precisando disso, que eu precisava dele.
Ontem foi um dia cheio de emoções. Teve a festinha do Dia das Mães lá na escolinha das crianças. Eles cantaram, mandaram um mundo de beijinhos pra mim... foi lindo. E foi inevitável pensar em como seria se meu pequeno anjo também estivesse lá.
Mas o post está intitulado Pai, por quê? Porque ontem recebi uma ligação do meu pai. Eu acho que nunca falei dele aqui, não me lembro. Eu fui criada sem ele, tanto fisicamente quanto materialmente. Eu me lembro de como foi difícil pra mim não poder contar com ele, não tê-lo comigo nos dias dos pais na escola, nas minhas conquistas, nos dias em que estive doente... Hoje, vendo a relação do meu marido com as crianças eu vejo o quanto ele perdeu. Sim, ele perdeu muito mais do que eu. A paternidade é algo tão magnífico, edificador... eu vejo isso com meu marido. As crianças são loucas por ele e ele é um pai maravilhoso. Aproveitou cada minutinho com o Pablo, amou aquele menininho com todo seu coração, cuidava dele com a maior dedicação. É lindo de ver. E esse tempo não volta jamais.
Hoje meu pai se encontra muito doente e ele mora tão longe e o tempo passou tão depressa... Eu senti tanta vontade de estar com ele (mas não tenho condições), de que as coisas tivessem sido diferentes... e ele deve estar com o coração tão apertado por saber disso também. Lamento tanto... não guardo mágoa, não tenho raiva, só lamento.
Que bom que meus filhos têm o papai bem perto, que os ama e os acompanha em tudo. Que bom. Que bom que a nossa caixinha de lembranças está repleta de amor, de presença. Que saudade...
Ontem foi um dia cheio de emoções. Teve a festinha do Dia das Mães lá na escolinha das crianças. Eles cantaram, mandaram um mundo de beijinhos pra mim... foi lindo. E foi inevitável pensar em como seria se meu pequeno anjo também estivesse lá.
Mas o post está intitulado Pai, por quê? Porque ontem recebi uma ligação do meu pai. Eu acho que nunca falei dele aqui, não me lembro. Eu fui criada sem ele, tanto fisicamente quanto materialmente. Eu me lembro de como foi difícil pra mim não poder contar com ele, não tê-lo comigo nos dias dos pais na escola, nas minhas conquistas, nos dias em que estive doente... Hoje, vendo a relação do meu marido com as crianças eu vejo o quanto ele perdeu. Sim, ele perdeu muito mais do que eu. A paternidade é algo tão magnífico, edificador... eu vejo isso com meu marido. As crianças são loucas por ele e ele é um pai maravilhoso. Aproveitou cada minutinho com o Pablo, amou aquele menininho com todo seu coração, cuidava dele com a maior dedicação. É lindo de ver. E esse tempo não volta jamais.
Hoje meu pai se encontra muito doente e ele mora tão longe e o tempo passou tão depressa... Eu senti tanta vontade de estar com ele (mas não tenho condições), de que as coisas tivessem sido diferentes... e ele deve estar com o coração tão apertado por saber disso também. Lamento tanto... não guardo mágoa, não tenho raiva, só lamento.
Que bom que meus filhos têm o papai bem perto, que os ama e os acompanha em tudo. Que bom. Que bom que a nossa caixinha de lembranças está repleta de amor, de presença. Que saudade...
sábado, 11 de maio de 2013
Dia das mães
quinta-feira, 18 de abril de 2013
O blog
O blog anda cada vez mais abandonado, mas sei que é normal. As postagens eram, na grande maioria das vezes, sobre meu reizinho que se foi e as crianças vão ficando tão independentes que vou ficando sem ideias. Pra vocês verem como andam as coisas, Heitor já está escrevendo seu nome sozinho. Uma belezura meu "neguinho". Tão inteligente! Mamãe fica super orgulhosa. Lucinho já está se expressando com total clareza (a escola e o "corte" na língua foram fundamentais) e consegui livrá-lo da fonoaudióloga. Helena continua a princesinha da casa, geniosa como toda mulher, hehe.
Lindos e espertos meus pequenos. Obrigada a todos pelas postagens carinhosas. Mesmo não atualizando o blog como antes, recebo cada um dos comentários direto no meu e-mail e checo sempre. :)
terça-feira, 2 de abril de 2013
1 mês
Já se passou 1 mês desde que meu anjinho se foi. A saudade é eterna! Sei que ele está em seu verdadeiro lar e que um dia nos reencontraremos e isso me conforta muito. Foi uma curta encarnação, porém cheia de intensidade, amor, luta, perseverança e dignidade. Amei cada minutinho ao seu lado e serei eternamente grata pela honra de tê-lo gerado em meu ventre. E é isso que importa. A vida continua aqui e, principalmente, do lado de lá. Todo trabalho feito aqui continua por lá e sei que o Pablo é um espírito elevadíssimo e tem muito o que compartilhar com seus irmãos em espírito. Como já postei aqui: Esteja livre, voe!
Também não quero deixar de postar as novidades da turminha. Não acho justo transformar esse cantinho em um blog de memórias póstumas porque o Pablo deixou por aqui 3 lindos irmãos, igualmente guerreiros e amados. Somos uma família tão abençoada... Nossa casa, apesar da perda inestimável, continua cheia de vida e alegria, graças as 3 lindas crianças que aqui estão. Nesse feriado que passou fomos fazer um passeio na casa dos tios paternos e do vovô paterno, que mora na roça. As crianças AMARAM! Andaram a cavalo, viram porquinhos, vaquinhas, cachorrinhos, gatinhos... Chuparam laranja do pé, andaram de charrete, ralaram os joelhos, brincaram com a priminha... Tudo perfeito, como toda criança merece.
Seguem algumas fotos do passeio na roça:
Assinar:
Postagens (Atom)